segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CASA HOPE: uma história de amor, acolhimento e dedicação

O desejo de ajudar foi o mote inspirador que fez com que Claudia Bonfiglioli (foto) fundasse a Casa Hope, em 1996. Com anos de bagagem como voluntária do Hospital do Câncer, ela vivenciou no dia-a-dia as dificuldades de inúmeras famílias carentes de diferentes regiões do Brasil que traziam seus filhos para tratamento em São Paulo e, para minimizar e combater os malefícios da tal doença, o veredito era cruel: para tratar era preciso ter onde ficar na imensa metrópole. Resultado: voltar para a terra Natal e entregar na mão de Deus, como de costume, ou se alojar em casa de parentes e amigos, quando não em marquises, em situações precárias.

Com a ajuda de Patricia Thompson, Claudia deu início a um dos mais inovadores serviços de filantropia. Fundou a Casa Hope, um local onde essas famílias encontrariam hospedagem, para poderem receber tratamento nos hospitais públicos e fez muito mais nesses 13 anos.

Hoje, a Casa Hope é uma instituição de iniciativa 100% filantrópica, que oferece apoio biopsicossocial e educacional a crianças e adolescentes carentes portadores de câncer e a transplantados de medula óssea, rim, fígado, e seus acompanhantes vindos de todo o Brasil e de outros países sulamericanos.

A instituição oferece serviços como moradia, alimentação, transporte, vestuário, medicamentos, serviço social, assistência psicológica, terapia ocupacional, escolarização, recreação dirigida, assistência odontológica, oficinas e cursos de capacitação profissional, todos extensivos aos pacientes e acompanhantes.

Contando com o apoio de inúmeros parceiros e colaboradores e com a concessão do terreno pelo governo do Estado, a Casa Hope inaugurou sua nova sede em maio de 2009, aumentando em 33% a capacidade de atendimento atual.

São 188 leitos, cozinha industrial, ampla área de lazer, 02 refeitórios, consultórios, salão para eventos, biblioteca, brinquedoteca, sala de artes, 03 salas de aula, 02 salas de TV, 02 salas de convivência e muito mais, distribuídos em cerca de 6.000 m² de área construída.

Capacitação profissional

A Casa Hope promove, por meio de parcerias com a iniciativa privada, uma série de cursos tais como: informática básica, manicure, maquiagem, moda, serviços domésticos, gastronomia e baby-sitter.


Esses cursos são oferecidos exclusivamente aos atendidos pela entidade e em sua maioria, são realizados nas instalações da própria instituição.
O principal objetivo desse serviço é capacitar profissionalmente essas pessoas para que possam, uma vez desligados da Casa, dar continuidade ou início a uma vida profissional.

Psicologia

O Setor de Psicologia visa o fortalecimento emocional para o enfrentamento da situação de doença, tratamento e desligamento da Casa.

O atendimento psicológico é oferecido aos pacientes e seus acompanhantes e dividido de acordo com as faixas-etárias e necessidades de cada pessoa. São realizadas em grupos ou individualmente.

O Setor de Psicologia conta hoje com cerca de 36 estagiários sob a supervisão de duas psicólogas da instituição, especializadas em psico-oncologia e/ou psicologia hospitalar.

A equipe é comandada pela Coordenadora Técnica, também responsável pelos demais serviços oferecidos e desenvolvidos diretamente com os hóspedes.

Serviço Social

O Serviço Social funciona como a porta de entrada da Hope e estabelece o primeiro vínculo de confiança do paciente e seu acompanhante com a instituição, onde receberá todo o apoio biopsicossocial e educacional necessários para o enfrentamento da doença.

Todos os atendidos são encaminhados pelas assistentes sociais dos respectivos hospitais onde realizam o tratamento aqui em São Paulo.

A assistente social da Casa Hope recebe o contato do hospital, avalia se o paciente atende aos requisitos para hospedar-se na instituição, como, por exemplo, renda familiar de até 3 salários mínimos ou falta de condições para fixar-se em São Paulo durante o tratamento; verifica a existência de vaga e, atendidas as etapas anteriores, libera a vinda do paciente e seu acompanhante.

A integração da família na rotina da Casa é acompanhada pelo monitor, profissional qualificado para assistir às necessidades diárias do hóspede, tais como: orientar os acompanhantes em relação aos cuidados com o paciente, acompanhar em todas as tarefas domésticas, facilitar um ambiente salutar e bom relacionamento interpessoal, direcionar para os cursos e atendimentos oferecidos pela Casa, entre outros.

A prestação de serviços burocráticos também se faz necessária, tais como a verificação de documentos pessoais que devem ser apresentados obrigatoriamente no hospital, solicitação de benefícios, aquisição de próteses, enfim, todos os procedimentos que são de direito do paciente com câncer.
O controle das vagas disponíveis na instituição também é realizado pelo Serviço Social, um número de vagas que, infelizmente, ainda é insuficiente frente à demanda dos hospitais.

Transporte

O Serviço de Transporte da Casa Hope garante a locomoção dos pacientes e seus acompanhantes atendidos pela instituição, e que necessitam ir aos hospitais diariamente para dar continuidade ao tratamento.

Com uma frota composta por um micro ônibus, duas vans e uma ambulância, um time de cinco motoristas trabalha para que todos sejam transportados com segurança, possam cumprir a árdua rotina hospitalar e retornar para o merecido descanso, a qualquer hora do dia, em qualquer dia da semana.

Os passeios culturais e as idas e vindas de rodoviárias e aeroportos também são garantidos pelo Serviço de Transportes.

A instituição conta ainda com uma van para o transporte de suprimentos, um caminhão e um pequeno veículo utilitário que possibilitam a retirada de doações.

Centro Educacional Pró Hope

A escolarização na Hope teve início em setembro de 1999 e, desde então, tem sido aperfeiçoado continuamente.

As salas de aula são multisseriadas e a escola utiliza uma metodologia baseada na criação e na escuta (conceitos da psicanálise), por meio da qual são consideradas todas as necessidades cognitivas e emocionais do sujeito.

A partir dessas necessidades, são desenvolvidos projetos norteadores articulados de maneira coletiva, mas trabalhados individualmente de acordo com o nível de conhecimento de cada aluno.

Quando o paciente volta para a sua cidade ou país de origem, pode ser reinserido na escola regular.
A Escola Hope é oficializada e fornece um relatório com avaliação da vida escolar do aluno durante todo o tempo em que esteve na instituição, o que irá atestar seu nível de conhecimento e a série que ele terá condições de cursar.

A importância deste serviço prestado ao hóspede reside no fato de que a escola oferece além do currículo oficial, perspectiva de vida, chances de futuro, porque insere a criança no cotidiano que lhes é peculiar e essencial no processo de cura.

Nutrição

Oferecer saúde em forma de alimento. Esse é um dos objetivos do serviço de nutrição da Casa Hope, que se ocupa de todos os processos que envolvem a alimentação, desde o recebimento do alimento, sua seleção até seu armazenamento e preparo, avaliação nutricional dos hóspedes, e preocupação, inclusive, com a educação nutricional dos atendidos (acompanhantes e hóspedes) pela instituição.

Recebemos doações de vários alimentos, desde grãos, carnes, hortifrutis, condição essencial para que tenhamos suprimentos suficientes para servir diariamente cerca de 700 refeições.

A busca pela qualidade é marca característica do trabalho da Hope e no setor de nutrição não poderia ser diferente.

Todas as etapas relativas à alimentação, recebimento, armazenamento e produção, são garantidas por uma nutricionista e por uma equipe composta de: 3 cozinheiras, 5 auxiliares de cozinha, 1 ajudante, 1 estoquista, 2 auxiliares de estoque e 4 estagiárias de faculdades e cursos técnicos parceiros da Casa Hope.

Terapia Ocupacional

A Terapia Ocupacional realiza atendimento individual ou em grupo através de atividades manuais e lúdicas que propiciam o desenvolvimento da auto-estima e uma postura mais ativa em relação à doença.

Esse serviço objetiva a reorganização do cotidiano alterado em função da doença e utiliza métodos e técnicas que incentivam a autonomia e independência do paciente, trabalhando com a questão emergente.

As intervenções em grupos terapêuticos são: Grupo de Estimulação de Bebês, Brinquedoteca Terapêutica, Grupo de Pré- Adolescentes, Grupo de Adolescentes, Grupo de Acompanhantes, Grupo de Transplantado de Medula Óssea (TMO) e através de atendimentos individuais, Intervenção Precoce e Reabilitação Física.

Esse trabalho, assim como os demais oferecidos pela instituição, visa contribuir para um melhor enfrentamento da doença, bem como para fortalecer o atendido frente a realidade presente e a vida futura.

Serviços:

Casa HOPE
Al. dos Guainumbis, 1027 – Planalto Paulista (altura do 1600 da Av. Indianópolis) São Paulo – SP – CEP: 04067-002. Telefone centrar: 11 5056-9700, inclusive para doações.
Site: http://www.hope.org.br/.
Bazar permanente Casa Hope:
Rua Joaquim Távora, 1426 - Vila Mariana
São Paulo - SP - CEP 04015-014Tel: 11 5087-7999.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Bloco na rua contra a exploração sexual de crianças, participe!

 Secretaria de Assistência Social coloca o bloco na rua contra a exploração sexual de crianças.
Evento mobiliza a população desfilando pelas ruas do Centro Antigo.
O maestro João Carlos faz um concerto ao lado de sambistas da Vai Vai na apoteose do desfile, que conta também com a participação de Marcos Frota e sua escola de circo.

O Carnaval chega e com ele uma questão nada alegre. Trata-se da exploração sexual comercial de crianças e adolescentes que acaba se intensificando em cidades e capitais brasileiras. E é justamente na folia carnavalesca com a presença de turistas estrangeiros – e mesmo os nacionais – que a prática se torna mais intensa, graças a viajantes ávidos pela oferta, principalmente estrangeiros!

Uma campanha tem como objetivo mobilizar a população brasileira contra essa violência que agride os Direitos da Criança e dos Adolescentes. Em São Paulo, a Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com a Comissão Municipal de Enfrentamento à Violência, Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o CMESCA, programou um evento pré-carnavalesco, buscando a conscientização dos paulistanos. Na manhã de 10 de fevereiro, o Bloco na Rua pelo Fim da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes percorre as ruas do Centro paulistano, saindo da Praça do Patriarca. Embalado pelo som de 15 ritmistas da Escola de Samba Vai Vai, o bloco conta com a presença e o apoio do ator Marcos Frota e do maestro João Carlos Martins, entre outras personalidades artísticas e autoridades da cidade. Além de aclamado na TV e no teatro, Frota é um apaixonado pelo circo e criou uma escola circense que paralelamente desenvolve trabalhos sociais. Ele inclusive trará alunos e malabares para dar mais animação e graça ao desfile. Na batuta da Fundação Bachiana Filarmônica e da Sinfônica de Heliópolis, João Carlos Martins fica responsável pela “apoteose” do bloco, na praça Antônio Prado. No coreto, o maestro fará uma apresentação inusitada ao piano, pois tocara junto com o músico Bocão da Cuíca, da Vai Vai, finalizando o evento com um encontro musical memorável – o erudito e o samba - para uma causa necessária.

Durante o percurso serão distribuídos itens da campanha como abanadores, fitas e cartazes. Diversos grupos e associações ligados aos Direitos Humanos, assim como outras organizações e líderes sociais confirmaram participar do bloco.
Ele parte às 11hs da Praça do Patriarca, em direção à Rua São Bento; Largo São Francisco; Rua José Bonifácio; Rua Quintino Bocaiúva e Rua Direita; voltando para a Praça do Patriarca, seguindo para Rua da Quitanda; Rua Álvares Penteado; Largo do Café; Rua São Bento e finalizando o “protesto” no coreto da Praça Antonio Prado, às 14hs.

O trabalho municipal contra a exploração

Em São Paulo, órgãos do poder público municipal e da sociedade civil têm atuado no enfrentamento ao problema através de várias frentes, como: o atendimento especializado de crianças e adolescentes e suas famílias; o acionamento dos órgãos de defesa e responsabilização; a formação e capacitação das redes de serviços públicos; a organização de ações de conscientização e mobilização e a divulgação de canais de denúncia (disque 100 e disque 181). Já a CMESCA, que é constituída por representantes do poder público municipal e estadual e também da sociedade civil, tem atuado como pólo articulador das ações de enfrentamento e organizado, nos últimos anos, campanhas de conscientização e mobilização social para o enfrentamento da problemática em questão.

Serviço

Bloco na Rua pelo Fim da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
Data: 10 de fevereiro
Saída: 11hs, da Praça do Patriarca
Chegada: prevista para as 14hs, na Praça Antônio Prado